domingo, 14 de dezembro de 2008

Então saiu de lá, do meio de seus amigos, disfarçadamente. Achava que ninguém tinha percebido, pelo menos ainda. Foi para a lateral, em um canto meio escondido, e sentou-se, encostada na parede com as pernas flexionadas pra frente. Precisava ficar sozinha para pensar um pouco. Sabia que em breve alguém ia procurá-la e provavelmente achá-la, então resolveu aproveitar o tempo que tinha sozinha. Pegou o celular e olhou que horas eram, 1:30 da madrugada. Então colocou uma música calma, baixinha. A escuridão, iluminada apenas pela luz da lua, a ajudava a se tranquilizar. Começou a pensar, pensar em tudo que estava acontecendo. Será que estava se iludindo? No fundo no fundo não sabia nem mais se queria vê-lo, ela gostava muito dele, mas fazia mal a ela. Ficou pensando, e então, mais cedo do que esperava, alguém cobriu a luz da lua que antes batia diretamente nela:
-Tentando se esconder?
Ela olhou pra cima, era ele, com certeza a pessoa que ela mais queria que a achasse. Sorriu:
-Talvez...; Você me achou mais cedo do que eu esperava.
Então ele se sentou no chão ao lado dela com as pernas cruzadas, brincando distraidamente com a grama enquanto falava:
-Eu vi você saindo, e vi você vindo pra cá.
Ela sorriu por dentro e falou com um ar de risada:
-Estava prestando atenção em mim?
-Talvez... - Deu um sorriso travesso.
-Hum... - Ela disse, fingindo indiferença.
Então ele se agachou na frente dela:
-Você tá bem?
-Tô... - Ela disse vagamente. Estava com medo de que ele se levantasse e saísse de lá, deixando-a sozinha.
Ele riu com incredulidade:
-O que você tem?
Ela virou o rosto pro lado, olhando pro chão e arrancando algumas graminhas, distraidamente:
-Nada...
Ele se ajoelhou na grama, com uma perna pra cada lado de suas pernas, que agora estavam esticadas, e delicadamente puxou seu rosto para frente, fazendo-a olhar em seus olhos:
-O que você tem?
De repente ela percebeu que seus rostos estavam próximos demais e o espaço pareceu ficar pequeno, ela sentiu como se estivesse sufocando, sentiu uma falta de ar, então aspirou calmamente, ainda olhando em seus olhos, tentando lê-los, mas não sabia o que poderiam dizer. Ela sabia o que ela queria dizer, 'eu te amo', parecia o momento perfeito, mas simplesmente não conseguia, tinha medo.
Ficaram se olhando por um tempo e então, num gesto precipitado, sem nem pensar, ela o beijou. Ele se assustou num primeiro momento, mas depois correspondeu ao beijo. Ela o beijava rápido, com muita vontade, até um pouco de agressividade, mas o soltou no minuto seguinte, assustada. Tinha acabado de se dar conta do que estava fazendo, e recuou com o rosto, ruborizando e abaixando a cabeça. Ela não sabia o que dizer, pensou em se desculpar, mas seu orgulho não deixava, e também não tinha coragem de olhar em seus olhos.
Então ele esticou a mão e colocou uma mecha de cabelo em que ela escondia o rosto preso atrás de sua orelha, e depois desceu a mão para sua face:
-O que foi?
Ela continuou olhando pro lado, atordoada, com vergonha demais. Estava nervosa, achava que ia chorar, e não respondeu.

Então ele foi com o rosto pra frente novamente, ela tentou recuar, mas já estava com a cabeça encostada na parede. Ele colocou uma das mãos em sua nuca e sussurrou em seu ouvido:
-Você não precisa ficar nervosa.
Puxou carinhosamente seu rosto pra frente de novo e desceu com os lábios roçando suavemente por ele, até a boca, recomeçando a beijá-la.
Ela levou as mãos ao peito dele, com o intuito de empurrá-lo, assustada. Mas não o fez, percebeu que estava se acalmando e começou a corresponder ao beijo. Então desceu suavemente com as mãos até a barriga dele, passando por baixo de sua camiseta e acariciando-o.

Depois de um tempo, que ela não sabia dizer quanto foi, eles pararam de se beijar. Então ela sorriu, feliz, satisfeita. Era um sorriso travesso. Ele se levantou, estendendo a mão para ela.
Afinal, ele não ia deixá-la lá sozinha.
Ela pegou sua mão e se levantou também, fazendo menção de soltá-la logo depois, mas ele entrelaçou seus dedos nos dela, conduzindo-a de volta para seus amigos. Sentaram-se na muretinha e, como se sempre tivessem sido um casal, ficaram lá, de mãos dadas, conversando com as pessoas e beijando-se.
Ela sabia que em algum momento eles iriam precisar conversar sobre isso mas, definitivamente, o momento não era agora.

O texto é de minha autoria.

Twilight me inspira! *-*

Eu realmente queria que isso acontecesse com nós...

domingo, 7 de dezembro de 2008

Sabe, se eu pudesse te dizer só uma coisa, apenas uma única coisa, seria, definitivamente, "eu te amo". Para exemplificar tudo o que eu sinto, para te dizer o que você significa pra mim. Uma frase tão pequena com um significado tão grande.
Será mesmo verdade que nós temos medo de dizer "eu te amo" pra quem amamos de verdade?
Será mesmo verdade que quando gostamos de alguém por muito tempo é porque tem algo a mais, bem maior?
Todas as vezes que que eu pensei que não gostava mais de você eu tava errada, talvez fosse uma tentativa de te esquecer.
Eu penso em você o dia inteiro, a todo momento, e às vezes eu queria que você saísse um pouco da minha cabeça, mas você não sai.
Agora não adianta mais eu querer te esquecer, já tá tarde, não adianta eu querer tirar da cabeça o que já tá no coração.
E às vezes me dá uns surtos e aí eu quero simplesmente correr pros seus braços, dizer que te amo e pedir pra você ficar comigo pra sempre, mas eu não posso fazer isso, ainda.
Eu sinto alguma coisa, e é bem mais do que esperança, é como se fosse uma certeza, de que um dia nós ainda vamos ficar juntos e tudo vai dar certo pra nós.
Mas enquanto eu espero só me resta sonhar com o nosso futuro e pensar, porque sim, eu ainda tenho medo de dizer: "Ah! Como eu te AMO!"

O texto é de minha autoria.

Fortaleçam minha macumba: http://www.macumbaonline.com/Fortalecer-c63ec259647fbdde096cb96c51ee7062/