terça-feira, 26 de agosto de 2008

Ela observava-os de longe. Muitas mãos, muitas risadas, muitas brincadeiras, muita intimidade. Aquilo a incomodava. Tudo a incomodava. Não sabia se era ciúmes dele, inveja da amizade dela com ele, ou orgulho. Não sabia de que exatamente, mas orgulho. Talvez, provavelmente, fosse um pouco dos três juntos. E isso a fazia sentir ódio. Muito ódio. De fato, desejava que ela morresse. Ficaria feliz se isso acontecesse, sairia para comemorar. Tanto melhor seria fazê-lo com as próprias mãos. Ver sua dor. Pois, sim, a faria sentir dor. Tanta dor quanto ela sentia cada vez que olhava pra eles. E depois ver seu fim. Mas não podia, ainda não perdera a cabeça. Ou perdera?

O texto é de minha autoria.

Só postei porque achei que ele ficou bom, mas agora já não faz mais sentido. =]

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Da varanda do quarto observava a empregada lavar o quintal lá em baixo. Ligou uma mangueira e começou a molhar o quintal. A água arrastava a sujeira, que saia de lugares que ela achava que estavam limpos, e a levava pelo ralo, toda ela. Até o quintal ficar limpo novamente.
Talvez fosse isso. Talvez ela só precisasse se lavar em vez de fingir que a sujeira não estava ali. Talvez ela só precisasse acertá-los em vez de fingir que seus problemas simplesmente não estavam ali. E então ela ficaria bem. Não era tão difícil assim, mas talvez ela tivesse medo. Talvez apenas água não fosse suficiente. Talvez.


[tudovaipassartudovaipassartudovaipassartudovaipassar]